Célia e os
dois irmãos estão presos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. -
Foto: Reprodução/ TV Mirante
IMPERATRIZ –
Vinte dias após a polícia ter achado o corpo do microempresário Pedro Ventura,
já em avançado estado de decomposição e enterrado em cova rasa, a principal
suspeita e ex-mulher de Pedro, Célia Teotônio, confessou o crime para a
polícia. Segundo o delegado regional, Eduardo Galvão, ela contou detalhes do
crime, e o relato coincide com as investigações da Polícia Civil.
Célia disse
que matou Pedro Ventura a tiros dentro da casa do casal, depois procurou um dos
irmãos para dá sumiço no corpo, retornou para a casa e queimou os vestígios do
crime que estavam na residência, bem como limpou as marcas de sangue que
ficaram no local. Depois, com o uso de reagente, a polícia encontrou vestígios
de sangue na casa.
“Ela traz a
informação de que matou ele nas dependências do quarto, no fundo casa, onde foi
encontrada a maior quantidade de sangue. Afirma que ele foi morto com dois
tiros na cabeça. As posições de onde foram feitos os disparos, que a gente
chama de orifício de entrada, correspondem com o que ela verbalizou pra gente”,
afirmou o delegado regional.
Ainda de
acordo com o delegado, Célia dá detalhes da fraude processual como a cadeira
onde ele tinha sido alvejado e a forma como a casa foi limpa. Na madrugada do
dia em que Pedro sumiu, foram feitas fogueiras na casa, e várias testemunhas
relatam isso.
“Segundo ela
era o material sendo queimado, tanto a cadeiras que ele estava como os lençóis
sujos de sangue e outros pertences. Em seguida, ela disse que vai em busca do
irmão dela, o Laércio, mas não encontra ele. Daniel se prontifica a ajudá-la.
Eles vão até a residência, segue as duas caminhonetes juntas. A caminhonete
dele fica em um posto e eles seguem na caminhonete que aparece nas filmagens
toda fechada. Ele pega o corpo e, a partir daí, ele sai com o corpo, ela e o
filho do casal até as proximidades do municípios de Amarante”, relata o
delegado.
Eduardo
Galvão disse que Célia desceu no local onde o irmão dela ia deixar o corpo e
foi até onde ele foi enterrado. Segundo o delegado, ela só não viu o corpo
sendo enterrado, mas até o local ela sabia precisar. Daniel Teotônio, que é
irmão de Célia, também confessou a participação no crime e, para a polícia, os
relatos dele coincidem com os fatos apurados na investigação.
“A confissão
dos dois realmente se encaixam, a única questão é que eles retiram o Laércio da
cena do crime, das circunstâncias do crime. Mas os relatos se encaixam, ela no
homicídio, na ocultação e na fraude processual. Ele na ocultação e na fraude
processual”, finaliza Eduardo Galvão.
Célia e os
dois irmãos estão presos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
Depois de
quase cinco meses desaparecido, o corpo do microempresário Pedro Ventura foi
achado no fim da tarde da quarta-feira (13) no povoado Saramandaia, às margens
da MA-122, no município de Buritirana. O corpo, já em avançado estado de
decomposição, foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), em
Imperatriz, na quinta-feira (14), e reconhecido pela família.
Fonte:
Imirante
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