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quarta-feira, 18 de maio de 2016

TODOS CONTRA O ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL


  Em entrevista concedida a esse blogue por Ricardo Seidel (presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente-CMDCA) em virtude do dia 18 de Maio que combate o abuso e exploração sexual infantil.
O mesmo afirma que:

  Hoje, dia 18 de maio, celebramos o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data faz referência a um crime que marcou o País, quando, em 18 de maio de 1973, a menina Araceli Cabrera Sanches, de oito anos, foi drogada, espancada, estuprada e assassinada em Vitória, no Espírito Santo. O crime teria sido cometido por jovens de classe média alta, porém os acusados foram inocentados e o crime permaneceu impune.

  Ao longo desses mais de 15 anos militando na área social em defesa dos direitos das nossas crianças e adolescentes, enquanto Presidente do Conselho Municipal de Direito da Criança e Adolescente, entendo que esses crimes maculam a infância e a adolescência de vários brasileiros, além de deixá-los com cicatrizes físicas e psíquicas que os marcam o resto da vida, dificultando, ainda, que a criança tenha um desenvolvimento saudável.

  Acredito que um dos grandes obstáculos para a punição dos criminosos é o silêncio das vítimas, pois muitas são tão jovens que não têm sequer condições de perceber a violência a que são submetidas e denunciar o agressor. Daí vem a importância de que toda a sociedade seja orientada a estar atenta e buscar ajuda sempre que perceber qualquer indício de que uma criança está sofrendo abuso sexual.

  Dados da Vara da Infância revelam que o crime de abuso sexual é cometido em 80% dos casos por pessoas próximas às crianças, como pais, padrastos e irmãos. Enquanto o padrasto e o pai são os responsáveis pelo abuso em 45% das vezes, os abusadores sem vínculo com a família da vítima somam apenas 4,34% dos casos. Por causa das relações de afetividade, grande parte dos abusos é acobertada ou então a denúncia é retardada, levando a vítima a um sofrimento por tempo maior.

  Somente em Imperatriz segundo o CREAS tivemos aproximadamente 215 casos registrados de abuso e exploração sexual no ano de 2015 por Isso a mobilização de toda a sociedade no enfrentamento deste tipo de crime é fundamental para que as crianças e adolescentes sejam efetivamente protegidos no seu direito a um desenvolvimento seguro e saudável. Esse é o propósito das campanhas de encorajamento às denúncias de qualquer situação de violência sexual, bem como a implementação de políticas públicas com o intuito de coibir a ação dos criminosos.

  Quero conclamar toda a sociedade, em especial os imperatrizenses para que, juntos, educadores, autoridades e demais formadores de opinião, promovamos um cerco implacável aos autores de crimes tão bárbaros e que lesam a dignidade dos nossos jovens. Assegurar um desenvolvimento feliz e protegido à nossa juventude é dever do qual não podemos nos esquivar disque 100.

Fonte: Asmoimp

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