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quinta-feira, 12 de maio de 2016

Conheça toda a equipe ministerial do presidente Michel Temer


    Governo de Temer anuncia ministério com sete pastas a menos e nenhuma mulher

               

O presidente interino Michel Temer anunciou nesta quinta-feira os nomes dos ministros de seu governo, que terá sete pastas a menos que a gestão de Dilma Rousseff, representantes de nove partidos e, pelo menos por enquanto, nenhuma mulher.

Temer substitui a partir de hoje Dilma, primeira mulher escolhida para governar o país e que foi afastada pela decisão do Senado de abrir um julgamento político que pode levá-la ao impeachment.

O governo que ele assume interinamente hoje será o primeiro sem ministras desde 1982, quando o então presidente João Figueiredo nomeou Esther de Figueiredo Ferraz como ministra da Educação.

Veja os nomes escolhidos por Michel Temer para assumir o primeiro escalão do governo interino:


Henrique Meirelles - ministro da Fazenda

O novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, 70 anos, presidiu o Banco Central (BC) de 2003 a 2011, durante os dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República.

Ao assumir o BC em 2003, Meirelles, que já tinha feito carreira em instituições financeiras internacionais, conseguiu atrair credibilidade para o governo junto ao mercado financeiro. Antes de exercer a Presidência do Banco Central, foi presidente do Global Banking, do FleetBoston Financial e presidente mundial do BankBoston.

Meirelles enfrentou um cenário de inflação alta, que havia fechado 2002 em 12,53%. No primeiro ano da sua gestão, a inflação ficou em 9,3%. Em 2011, entregou a inflação em 6,5%, no teto da meta.

A taxa básica de juros, a Selic, encerrou 2002 em 25% ao ano. Os juros continuaram a subir nos primeiros meses da sua gestão, chegando a 26,5% ao ano, mas ao final de 2011 estavam em 11% ao ano.

Ao chegar ao Banco Central, em 2003, Meirelles encontrou US$ 37,6 bilhões em reservas internacionais. No fim do governo Lula, em 2010, o montante chegava a US$ 288,5 bilhões.

Novo governo

Ao assumir o Ministério da Fazenda agora, Meirelles enfrentará outra realidade: inflação acima da meta, dívida pública em crescimento e perda do grau de investimento do Brasil. Já as reservas internacionais continuam altas, atualmente em cerca de US$ 376,3 bilhões.

O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, considera que o acúmulo de reservas internacionais é um fator importante para dar segurança ao país. Para Freitas, Meirelles terá, entretanto, o desafio de controlar a dívida pública. “O Brasil está bem em dólares [reservas internacionais], mas não está bem reais, porque tem uma dívida pública em reais enorme”, disse.

O professor de Finanças Públicas da Universidade de Brasília Roberto Piscitelli se diz cético em relação ao novo ministro. “Eu vejo com extrema preocupação a criação de um superpoder porque Meirelles impôs tantas condições e o novo governo se sente tão deslegitimado que aceita qualquer imposição, como o controle de todos os bancos oficiais. Tenho um ceticismo total”, disse.

O professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Pedro Rossi, disse que Meirelles é um nome para o mercado. Segundo ele, o ex-presidente do Banco Central não é um nome que assinala para a retomada do emprego e do crescimento.

Já Armando Castelar, ex-chefe do Departamento Econômico do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o presidente interino, Michel Temer, acertou ao escolher Henrique Meirelles para comandar a economia. “É uma ótima escolha para ministro da Fazenda. Acho que é uma pessoa com experiência e muita capacidade de montar bons times”, destacou Castelar que também é membro do conselho superior de economia da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).

O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, considera que Meirelles tem habilidades políticas e experiência, por já ter sido presidente do BC, para fazer ajustes na economia do país. “Meirelles é um nome que eu entendo como bastante positivo porque ele é um pouco meio do campo. Tanto que o [ex-presidente] Lula quando ia assumir a Casa Civil [no governo Dilma Rousseff] estava querendo que o Meirelles viesse. Ele tem essa ambivalência, esse meio de campo entre diversas correntes”, disse.

Entretanto, Perfeito avalia que não será possível fazer todos os ajustes necessários para a economia de uma vez. “Agora eu não sei se tem espaço para fazer esses ajustes todos. Propostas como a reforça da previdência é um tema explosivo no meio de uma crise econômica, política, social e em ano eleitoral [nos municípios]. Eles vão terque deixar claro quais são os principais pontos. Se forem atacar tudo de uma vez, acho que não vão conseguir”, disse Perfeito.

Carreira política

De vida pessoal discreta, Henrique Meirelles é casado com a psiquiatra Eva Missine, desde 2000.

Meirelles foi membro do conselho da Harvard Kennedy School of Government, da Sloan School of Management do MIT (Massachusetts Institut e of Technology), da Carroll School of Management do Boston College, bem como membro do conselho do Conservatório de Música da Nova Inglaterra e do Instituto de Arte Contemporânea de Boston.

Natural de Anápolis (GO), foi eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás em 2002. Com 183 mil votos, foi o deputado mais votado no estado, mas não chegou a assumir o mandato porque aceitou a Presidência do BC. Na época, Meirelles deixou o PSDB, partido de oposição ao governo Lula.

Em 2011, filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD) e houve rumores de que seria candidato ao governo de Goiás, mas isso não se confirmou.

Atualmente, preside o Conselho de Administração da J&F, dona do Banco Original, JBS, Vigor. Também membro do Conselho de Administração da Azul Linhas Aéreas.




Gilberto Kassab - ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações

O presidente interino Michel Temer escolheu Gilberto Kassab, ex-ministro das Cidades na gestão da presidenta afastada Dilma Rousseff, para comandar o Ministério de Ciência e Tecnologia, Inovações e Comunicações. Kassab deixou o cargo em abril, depois de o seu partido, PSD, ter declarado voto favorável ao processo de impeachment da petista, na Câmara dos Deputados. Além das atribuições do setor de comunicações, Kassab vai coordenar as atividades do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, que será incorporado à pasta.

Kassab foi prefeito de São Paulo duas vezes, entre 2006 e 2012. No primeiro mandato, assumiu a prefeitura da capital paulista depois da renúncia de José Serra, de quem era vice-prefeito. Serra deixou o cargo para se candidatar ao governo do estado. Kassab tem 55 anos e é formado em economia e em engenharia civil.

Em 2011, Kassab foi um dos fundadores do Partido Social Democrático (PSD), ao lado de dissidentes de partidos como o DEM, ao qual era filiado desde 1995, PSDB e PPS. Atualmente, é o presidente nacional do PSD.

Kassab iniciou a vida política aos 25 anos, no Fórum de Jovens Empreendedores da Associação Comercial de São Paulo. Em 1989, participou da campanha presidencial de Guilherme Afif Domingos e, em 1992, foi eleito vereador pelo extinto PL. Filiou-se ao PFL (atual DEM) em 1995.

No Congresso Nacional, Kassab foi deputado federal por duas legislaturas (de 1999 a 2003 e de 2003 a 2007). Em 1º de janeiro de 2005, renunciou ao mandato parlamentar para ocupar o cargo de vice-prefeito em São Paulo.

Em agosto do ano passado, quando ainda estava no Ministério das Cidades, Kassab tornou-se réu por improbidade administrativa em uma ação civil pública que apura suposto esquema de pagamento de propina, quando era prefeito, na Feira da Madrugada, no Pari, um centro de compras popular na região central de São Paulo. Na ocasião, a defesa informou que todos os atos de Kassab foram corretos e legais.

Telecomunicações

Um dos assuntos mais importantes do setor será a discussão do novo marco regulatório das Telecomunicações, que prevê a possibilidade de todos os serviços serem prestados em um regime próximo ao privado. A pasta também é responsável por autorizações e fiscalização da radiodifusão e pela elaboração de políticas públicas do setor, além do Programa Brasil Inteligente, lançado nesta semana para ampliar o acesso à internet em alta velocidade. Kassab será o sucessor de André Figueiredo, que ocupa o cargo desde outubro do ano passado.




Raul Jungmann - ministro da Defesa

Filiado ao PP, Raul Jungmann está no seu terceiro mandato como deputado federal. No governo de Fernando Henrique Cardoso, foi ministro do Desenvolvimento Agrário, presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Apesar de defender o impeachment de Dilma, não participou da votação do processo na Câmara, já que é suplente.




Romero Jucá - ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão

O novo ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Romero Jucá, é senador pelo PMDB de Roraima. Ele assumiu o terceiro mandato consecutivo em fevereiro de 2012. Foi líder do governo no Senado, designado pelos presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT). Assumiu a presidência do PMDB em 5 de abril deste ano. Foi relator-geral do Orçamento da União nos anos de 2005 e 2013 e atualmente é vice-presidente do Senado e relator da comissão mista que debate a regulamentação de dispositivos da Constituição Federal.

Jucá é titular de cinco comissões permanentes do Senado: Constituição e Justiça (CCJ), Assuntos Econômicos (CAE), Meio Ambiente (CMA), Educação (CE) e Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR). Além dessas, participa, como suplente, das comissões de Assuntos Sociais (CAS), Relações Exteriores e Defesa Nacional ( CRE), Serviços de Infraestrutura (CI) e da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA).

Pernambucano, Romero Jucá nasceu no Recife, estudou Economia na Universidade Católica de Pernambuco e fez pós-graduação em Engenharia Econômica. Ainda no Recife, foi diretor da Secretaria de Educação do Estado. Em 1984, foi secretário extraordinário de Coordenação da Prefeitura do Recife. Também trabalhou como professor universitário, gerente e diretor de órgãos públicos e privados. Em 1985, presidiu a Fundação Projeto Rondon e, no mesmo ano, foi secretário-executivo da Comissão Interministerial de Educação e Desenvolvimento Regional.

Em 1986, Romero Jucá presidiu a Fundação Nacional do Índio (Funai). Em 1988, foi nomeado pelo presidente José Sarney e aprovado pelo Senado para ser governador do então território de Roraima. Em 1992, o senador a diretoria de Abastecimento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o cargo de secretário nacional de Habitação do governo federal. Em 1994, foi eleito senador pela primeira vez.

Integrou conselhos deliberativos de instituições como Suframa e Sudene. Em 2005, ocupou o Ministério da Previdência Social no governo do presidente Lula.

Para André Perfeito, economista da Gradual Investimentos, Jucá é uma pessoa que tem perfil político e pode auxiliar muito na aprovação de projetos de interesse do governo no Congresso Nacional. “Os interlocutores de Temer têm informado que ele fará um ajuste importante. Isso implica mudanças na Desvinculação de Receitas da União (DRU), criação de impostos etc. Tudo isso implica em um controle bastante apurado no Congresso”, disse. Perfeito vê restrições pelo fato de o senador ser investigado na Operação Lava Jato.

Por meio da assessoria de imprensa, o senador Romero Jucá negou qualquer envolvimento com operações ilegais na Petrobras. “Todas as doações para o PMDB em campanhas no estado de Roraima foram feitas dentro da lei e aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, afirmou.




Geddel Vieira Lima - ministro-chefe da Secretaria de Governo

Geddel Vieira Lima, de Salvador, vai ocupar o cargo de secretário de Governo da Presidência da República na gestão do presidente interino Michel Temer. Ele ocupou o cargo de presidente do PMDB da Bahia por muitos anos.

Em março deste ano, foi eleito primeiro secretário da Comissão Executiva Nacional do partido e vinha fazendo a articulação política pelo governo Temer desde antes do afastamento de Dilma Rousseff nesta quinta-feira.

Geddel teve cargos nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff, mas sempre manifestou críticas à parceria do PMDB com o PT. Ele foi ministro da Integração Nacional no governo Lula de 2007 a 2010 e perdeu a eleição para o governo da Bahia para Jaques Wagner (PT), em 2010. Foi vice-presidente da Caixa Econômica Federal no governo Dilma epediu demissão no final de 2013. Em 2014, apoiou o então candidato a presidente Aécio Neves (PSDB). Naquele ano, Geddel Vieira Lima perdeu a eleição para o Senado.

Administrador de empresas e pecuarista, começou a carreira política em 1991, quando foi eleito deputado federal pela Bahia pela primeira vez. Foi reeleito por mais quatro vezes para o cargo na Câmara dos Deputados.

O nome de Geddel Vieira já esteve ligado a escândalos de corrupção, como no caso dos Anões do Orçamento, há 23 anos. No início de 2016, foi citado na Operação Lava Jato, suspeito de negociar propina com a construtora OAS, uma das maiores empresas brasileiras no setor de engenharia e infraestrutura.




Sérgio Etchegoyen - ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional

O general Sérgio Westphalen Etchegoyen, 63 anos, será o novo ministro do Gabinete de Segurança Institucional. Natural de Cruz Alta (RS), ele ingressou no Exército em março de 1971, na Academia Militar das Agulhas Negras, e foi declarado aspirante a oficial da arma de Cavalaria em dezembro de 1974.

O general tem cursos de Formação da Arma de Cavalaria; Manutenção de Material Bélico; Básico de Montanhismo; Aperfeiçoamento de Oficiais da Arma de Cavalaria; Comando e Estado-Maior; Política, Estratégia e Alta Administração do Exército; e Senior Leader Mission Course das Nações Unidas em Durban, África do Sul.

Foi comandante da Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos das Armas, de 1993 a 1995; oficial do Estado-Maior da Missão de Verificação das Nações Unidas em El Salvador, entre 1991 e 1992; chefe da Comissão do Exército Brasileiro em Washington (EUA), de 2001 a 2003; e assessor especial do ministro da Defesa e chefe do Núcleo de Implantação da Estratégia Nacional de Defesa de 2009 a 2011.

No exterior, foi oficial do Estado-Maior da Missão de Verificação das Nações Unidas em El Salvador, entre 1991 e 1992, e Chefe da Comissão do Exército Brasileiro em Washington, Estados Unidos, de 2001 a 2003.




Bruno Araújo - ministro das Cidades

Está no terceiro mandato como deputado federal e passou a ganhar destaque a partir de 2012, quando se tornou líder do PSDB na Câmara. Até fevereiro daquele ano, ele desempenhou o papel de líder da oposição e foi defensor ferrenho do impeachment de Dilma.

Nos quase dez anos de atuação legislativa, Araújo conseguiu aprovar apenas um projeto de lei de autoria exclusivamente sua: a criação do Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce da Retinoblastoma (câncer na retina), em 18 de setembro. Ele foi coautor, no entanto, da lei que criou o Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Filho do ex-deputado Eduardo Araújo, Bruno começou cedo na política, elegendo-se em 1998 como o deputado estadual mais jovem de Pernambuco, aos 26 anos.




Blairo Maggi - ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O novo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, é conhecido por ser um dos maiores produtores e exportadores de soja do país. Filiado ao PR desde 2007, Maggi deixou ontem (11) a legenda para ingressar no PP.

O primeiro mandato de Maggi foi em 1994, como primeiro suplente do senador Jonas Pinheiro (PFL/MT). Foi eleito governador do Mato Grosso em 2002 e reeleito em 2006. Em 2011, elegeu-se senador pelo estado do Mato Grosso.

Formado em Agronomia pela Universidade Federal do Paraná, Maggi é natural de Torres (RS) e tem 59 anos. Em 1973, fundou a empresa Sementes Maggi, que hoje transforou-se no Grupo Amaggi, com atividades que incluem, além da produção de soja e sementes, operações portuárias, transporte fluvial e geração de energia elétrica.

Em 2013, Maggi foi eleito presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, o que causou a revolta de movimentos ligados ao setor. Em 2005, quando era governador de Mato Grosso, Maggi recebeu o antiprêmio Motosserra de Ouro, criado pelo Greenpeace para personalidades que contribuem para o desmatamento da Amazônia.

Recentemente, o Supremo Tribunal Federal determinou o arquivamento do inquérito contra Blairo Maggi relacionado à Operação Ararath, da Polícia Federal. Maggi era investigado por suspeita de lavagem de dinheiro no governo de Mato Grosso.




Mendonça Filho - ministro da Educação e Cultura

Recifense, filho do ex-deputado federal José Mendonça Bezerra, José Mendonça Bezerra Filho foi, em 1986, aos 20 anos, o deputado estadual mais novo eleito no país. O currículo inclui ainda três eleições como deputado federal, além do cargo de vice-governador do estado de Pernambuco nas duas gestões do governador Jarbas Vasconcelos. Em 2006, com a renúncia do então governador para disputar uma vaga no Senado, Mendonça Filho assumiu o cargo.

Como deputado federal, Mendonça foi o autor da emenda da reeleição em 1997, permitindo que o então presidente Fernando Henrique Cardoso conquistasse um segundo mandato. À frente do governo de Pernambuco, Filho liderou o programa Universidade Democrática, que permitiu que jovens de escolas públicas acessassem a universidade.

Em razão da posição de presidente regional do DEM em Pernambuco, o parlamentar é parte de processos que tiveram as contas do partido julgadas como não prestadas nos municípios de Ibirajuba, Goiana e Trindade.




Eliseu Padilha - ministro-chefe da Casa Civil

Advogado e empresário, Eliseu Padilha (PMDB-RS) é considerado um dos políticos mais próximos do presidente Michel Temer e atuou ao lado dele na articulação política no Congresso em nome da presidenta Dilma Rousseff, no ano passado.

Padilha se filiou ao antigo MDB, hoje PMDB, em 1966, e é considerado um dos melhores articuladores políticos do partido e do Congresso Nacional.

Foi prefeito de Tramandaí (RS), em 1989. Eleito pela primeira vez deputado federal em 1994, ele está no quarto mandato na Câmara.

Padilha foi ministro dos Transportes no governo Fernando Henrique Cardoso, de 1997 a 2001. Antes, foi secretário dos Negócios do Trabalho, Cidadania e Assistência Social do Rio Grande do Sul.




Osmar Terra - ministro do Desenvolvimento Social e Agrário

Nascido em Porto Alegre e filiado ao PMDB desde 1986, Osmar Terra está no quarto mandato consecutivo de deputado federal.

O peemedebista licenciou-se do mandato de deputado federal em diversas legislaturas para exercer o cargo de secretário de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul. Foi também prefeito de Santa Rosa (RS) no período de 1993 a 1996.

Durante audiência pública na Câmara dos Deputados em setembro do ano passado, o parlamentar disse que as drogas são o pior problema de saúde e de segurança do Brasil. “A droga é responsável pela maior parte das mortes violentas e é a maior responsável pela morte de jovens no país. É uma epidemia de grande escala, que afeta todas as áreas da sociedade”, afirmou na ocasião.




Leonardo Picciani - ministro do Esporte

O deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ) é o novo ministro do Esporte no governo de Michel Temer. Eleito pela primeira vez em 2002, quando tinha 22 anos, ele está em seu quarto mandato consecutivo na Câmara dos Deputados e deixa a vaga de líder do PMDB na Casa para assumir o cargo no Executivo.

Picciani nasceu em Nilópolis (RJ), tem 36 anos e é advogado. Foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara em 2007 e relatou projetos ao longo de seus mandatos, como a mensagem que criou o Programa Federal do Primeiro Emprego, o Marco Regulatório das Agências Reguladoras e a limitação do uso das Medidas Provisórias pelo Governo Federal.

O deputado foi o relator da CPI da Pirataria, em 2003, e é de sua autoria a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que muda o Artigo 155 da Constituição Federal, propondo que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre petróleo e energia passe a ser cobrado nos estados produtores e não no destino final, como ocorre atualmente.

De 2009 a 2011, foi secretário de Habitação do Rio de Janeiro, durante o governo de Sérgio Cabral (PMDB).

Ex-aliado da presidenta Dilma, Picciani orientou a bancada do PMDB na Câmara a votar a favor do processo de impeachment, mas, no dia de 17 de abril, proferiu voto contrário.




Ricardo Barros - ministro da Saúde

O nome escolhido pelo presidente interino Michel Temer para o Ministério da Saúde foi o do deputado federal Ricardo Barros, indicado pelo PP, partido que tem apoiado o PMDB e oimpeachment da presidenta Dilma Rousseff.

O paranaense, de 56 anos, nasceu em Maringá, começou sua vida política como prefeito de sua cidade natal e agora está em seu quinto mandato na Câmara dos Deputados. No começo da carreira política, em 1989, Barros foi prefeito de sua cidade natal.

Engenheiro civil de formação, Barros foi filiado ao antigo PFL (1988 – 1997) e ao PPB (1997-2003), antes de entrar no PP em 2003. Com atuação na área de indústria e comércio, participação na Comissão de Finanças e Tributação e no Conselho de Ética, ambas na Câmara dos Deputados, o novo ministro não tem histórico de contribuições na área da saúde.

Como relator do orçamento de 2016, Barros defendeu o corte de R$10 bilhões, cerca de 35%, da verba destinada ao Bolsa Família, porém, a Comissão Mista de Orçamento vetou o corte.




José Sarney Filho - ministro do Meio Ambiente

O maranhense José Sarney Filho (PV-MA) foi eleito para o seu primeiro mandato de deputado federal em 1982, e hoje está em seu nono mandato consecutivo na Câmara dos Deputados. O advogado de 58 anos é filho do ex-senador José Sarney e assume o Ministério do Meio Ambiente no governo do presidente interino Michel Temer.

O deputado, também conhecido como Zequinha Sarney, já comandou a pasta do Meio Ambiente durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1999 e 2002, e foi secretário de Assuntos Políticos do Maranhão de 1988 a 1990. Participou da Assembleia Nacional Constituinte no grupo para Estudos da População e foi um dos autores dos dispositivos que tratam do planejamento familiar.

Na Câmara dos Deputados, Sarney Filho é membro titular das comissões permanentes de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, além de várias comissões especiais, como da Mineração, da Crise Hídrica no Brasil, da Exploração de Recursos de Terras Indígenas e da Regulação de Defensivos Fitossanitários. Coordena a Comissão Externa do Rompimento de Barragem na Região de Mariana-MG.

Pelo Prêmio Congresso em Foco, foi escolhido em 2009 pelos jornalistas que cobrem o Congresso Nacional como um dos melhores representantes da Câmara dos Deputados; em 2010, ficou entre os cinco parlamentares indicados como Destaque em Defesa do Meio Ambiente.

Sarney Filho tem atuação destacada na área do meio ambiente, sobretudo, nas discussões para prevenção de incêndios florestais e agressões a unidades de conservação e de ações de biopirataria. Em 1997, liderou a criação da Frente Parlamentar Ambientalista para o Desenvolvimento Sustentável, que coordenou até 1999. Atualmente, é membro do Conselho Consultivo da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas).

Em agosto do ano passado, o deputado compareceu à CPI da Petrobras para rebater as declarações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa de que sua irmã, a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB-MA), recebeu recursos do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

No dia 17 de abril, na Câmara dos Deputados, votou a favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff.




Henrique Eduardo Alves - ministro do Turismo

O ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB) vai voltar a ocupar a pasta que deixou quando o PMDB rompeu com o governo em março. O novo ministro presidiu a Câmara dos Deputados entre 2013 e 2014, e atualmente está sem mandato eletivo na Casa após 44 anos como deputado federal pelo Rio Grande do Norte.

Advogado, nascido no Rio de Janeiro em 1948, o ex-deputado deixou de concorrer à reeleição como deputado federal nas últimas eleições para tentar o governo do Rio Grande do Norte, mas foi derrotado por Robinson Mesquita Faria (PSD). Alves foi lançado na política por seu pai, o ex-deputado, ex-ministro e ex-governador do Rio Grande do Norte Aluízio Alves (morto em 2006).

Alves teria sido citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como um dos beneficiários do esquema de corrupção na Petrobras, descoberta pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Alves nega todas as acusações e pede que sejam esclarecidas as citações, consideradas por ele como “absurdas”.




José Serra - ministro das Relações Exteriores

O senador é um dos defensores da adesão do PSDB ao governo de Michel Temer e integrou o grupo que ajudou na criação do plano proposto por Temer para tirar o país da crise. Serra foi ministro do Planejamento e Orçamento e da Saúde no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e governador de São Paulo em 2006. Foi candidato a presidente da República, sendo derrotado por Lula e Dilma. No Senado, propôs a revogação da participação obrigatória da Petrobras na exploração do petróleo da camada do pré-sal. A proposta foi aprovada pelos senadores e agora tramita na Câmara dos Deputados.




Ronaldo Nogueira de Oliveira - ministro do Trabalho

Natural de Carazinho (RS), o deputado federal Ronaldo Nogueira (PTB-RS) foi vereador por quatro mandatos e secretário de Habitação e Assistência e de Obras e Serviços Urbanos do município. No governo do Rio Grande do Sul, em 2007, foi Diretor do Departamento de Transporte e, de 2008 a 2010, diretor da Fundação Gaúcha do Trabalho e Assistência Social.

Assumiu, como suplente, o mandato de deputado de 2011 a 2014 e, nas eleições de 2014, foi eleito novamente para o cargo. É especialista em Gestão Pública e pastor da Igreja Evangélica Assembleia de Deus.




Alexandre de Moraes - ministro da Justiça e Cidadania

Ex-secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Alexandre Moraes, é o novo ministro da Justiça e Cidadania Elza Fiúza/Agência Brasil

O advogado e jurista Alexandre de Moraes ocupou o cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), nomeado por Geraldo Alckmin, desde dezembro de 2014. Antes, entre 2002 e 2005, na gestão anterior do governador tucano, ele ocupou a Secretaria de Justiça, Defesa e Cidadania paulista.

Moraes é livre docente da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP), mesma instituição pela qual se graduou, em 1990, e se tornou doutor, em 2000.

Além dos cargos no governo estadual, ele ficou conhecido como “supersecretário” da gestão de Gilberto Kassab na prefeitura de São Paulo, quando acumulou, entre 2007 e 2010, os cargos de secretário municipal de Transportes e de Serviços. Ele presidiu, na mesma época, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a SPTrans, empresa de transportes públicos da capital paulista.




Mauricio Quintella - ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil

Mauricio Quintella, 45 anos, está no quarto mandato como deputado federal por Alagoas.Foi eleito vereador de Maceió em 1996 e em 2000. Foi presidente da Câmara de Vereadores e secretário municipal de Educação de Maceió e secretário estadual de Educação de Alagoas.

Na votação do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, Quintella (PR-AL) deixou o cargo de líder do partido para votar favoravelmente ao afastamento da petista.



Marcos Pereira - ministro da Indústria e do Comércio

Indicado para o cargo de ministro da Indústria e do Comércio, Marcos Antônio Pereira nasceu em Linhares, no interior do Espírito Santo, tem 44 anos, é evangélico, advogado e presidente nacional do Partido Republicano Brasileiro (PRB).

A partir de 1995, foi diretor administrativo e financeiro da TV Record do Rio de Janeiro, onde permaneceu até o final de 1999, quando assumiu a Rede Mulher de Televisão. Em 2003 tornou-se vice-presidente da Rede Record de Televisão.

Em 2003, tornou-se sócio da LM Consultoria, empresa de consultoria e auditoria nas áreas contábil e fiscal. Dez anos depois, em 2013, deixou a LM Consultoria e fundou a Pereira, Moraes e Oliveira Sociedade de Advogados – hoje Marcos Pereira e Oliveira Sociedade de Advogados, onde atualmente é responsável pelo planejamento e condução das atividades.

Com 22 deputados federais em exercício e um senador, o partido todo votou, tanto na Câmara quanto no Senado, pela continuidade do processo de impeachment.



Fabiano Augusto Martins Silveira - ministro da Fiscalização, Transparência e Controle (ex-CGU)

Bacharel em direito e doutor em ciências penais pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fabiano Silveira assume o Ministério da Fiscalização, Transparência e Controle, antiga Controladoria-Geral da União. É consultor legislativo do Senado Federal para as áreas de direito penal, processual penal e penitenciário, desde 2002. Está no segundo mandato como conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), onde também já ocupou a função de ouvidor-geral. Foi membro da comissão redatora do anteprojeto de reforma do Código do Processo Penal e atuou como conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público de 2011 a 2013.

Fabiano Silveira atuou como professor substituto da Faculdade de Direito da UFMG e da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Trabalha como professor convidado de cursos de especialização e pós-graduação de instituições públicas e privadas.

É autor do livro 'Da criminalização do racismo: aspectos jurídicos e sociocriminológicos'.




Fernando Coelho Filho - ministro de Minas e Energia

Escolhido ministro de Minas e Energia no governo Temer, Fernando Bezerra Coelho Filho, 32 anos, é deputado federal pelo PSB de Pernambuco.

Na Câmara dos Deputados desde 2007, está em seu 3º mandato consecutivo.

Filiado ao PSB desde 2005, foi eleito o deputado federal mais novo nas eleições de 2006, com o total de 117.720 votos, quando tinha 22 anos de idade.

Formado em administração de empresas pela Faap, em São Paulo, e nascido no Recife, Coelho é filho do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), que votou a favor abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff no Senado.

O senador Bezerra Coelho foi ministro da Integração Nacional no governo Dilma e está sendo investigado pela Operação Lava-Jato.



Helder Barbalho - ministro da Integração Nacional

O presidente interino Michel Temer nomeou hoje (12) o peemedebista Helder Barbalho para o Ministério da Integração Nacional. Barbalho comandou o Ministério da Pesca e a Secretaria de Portos no governo da presidenta afastada Dilma Rousseff.

Nascido em 1979, em Belém, filho do senador Jader Barbalho (PMDB) e da deputada federal Elcione Therezinha Zahluth, Helder Barbalho é formado em administração pela Universidade da Amazônia e começou a carreira política no ano 2000, quando foi eleito o vereador mais votado de Ananindeua, na região metropolitana da capital paraende.

Em 2002, elegeu-se deputado estadual. Aos 25 anos, foi eleito o prefeito mais jovem da história de seu estado e em 2008, foi reeleito prefeito de Ananindeua.

Em 2014, Barbalho candidatou-se ao governo do Pará pela primeira vez, mas perdeu para Simão Jatene (PSDB).

Fonte: Jornal do Tocantins

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