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sexta-feira, 19 de março de 2021

Enquanto fecha bares, restaurantes e gera desemprego, Flávio Dino abastece geladeiras do palácio com picanha, maminha, rabada, carneiro e pescada amarela


Flávio Dino passa bem com despensa cheia enquanto o povo agoniza na crise do coronavírus

Enquanto o povo do Maranhão agoniza em meio à pandemia do novo coronavírus e tem até o seu ganha-pão ameaçado por decretos que restringem o comércio e fecham setores vitais para a economia, como bares e restaurantes, o governador Flávio Dino (PCdoB) não para de fazer gastos para manter as mordomias palacianas. Depois de licitar por mais de R$ 1 milhão um cardápio gourmet para a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e de aditivar em R$ 11,5 milhões um contrato de locação de estruturas de palco, som, iluminação e outros equipamentos para realização de eventos em pleno período de distanciamento social, o comunista liberou mais de R$ 127 mil para para abastecer com picanha, maminha, alcatra, rabada, carneiro, filé de pescada amarela e outros 13 géneros alimentícios as geladeiras do Palácio dos Leões e demais residências oficiais do governo.

Ao todo, serão nada menos do que 3.500 kg (três toneladas e meia) de carne bovina, frango, carneiro e peixe para consumo no Palácio dos Leões, na residência oficial do vice-governador, no bairro Jardim Eldorado, e demais imóveis cujo sustento provém dos cofres públicos estaduais. O termo de homologação do contrato, assinado pelo secretário de Estado de Governo, Diego Galdino, está publicado na edição do Diário Oficial do Estado de 20 de janeiro deste ano (aba Terceiros).

De acordo com as regras contratuais, os alimentos serão fornecidos de forma parcelada, conforme a demanda das casas governamentais. Detalhe: as marcas dos produtos são as mais caras disponíveis no mercado: Sadia, Friboi, Fribal e Seara.

420 kg de picanha

Um dos gastos que mais chamam atenção é o efetuado para compra de carne de sol de picanha (R$ 73,56 o quilo) e em postas em formato triangular (R$ 50,43 o quilo), ambas da marca Friboi. O contrato prevê o fornecimento de nada menos do que 420 kg da nobre carne, totalizando mais de R$ 26 mil. Haja apetite para degustar tanta proteína de primeira qualidade.

A maminha, outra carne de primeira, também será servida em abundância na despensa palaciana. Serão 200 kg, também da marca Friboi, ao preço unitário de R$ 37,62 e custo total de R$ 7,5 mil. Outros R$ 7,4 mil foram reservados para a compra de 200 kg de alcatra, outro corte de carne de rara frequência nas mesas das famílias mais humildes.

O gasto com filé de pescada amarela (R$ 55,99 o quilo) e em postas (R$ 49,99 o quilo) é ainda maior. São 760 kg – 440 kg de filé e 320 kg de postas -, com valor somado de mais de R$ 40,5 mil.

Outra iguaria requisitada para satisfazer o requintado paladar dos comensais palacianos é o pernil de carneiro. São 40 kg da marca Friboi ou de qualidade superior, com preço unitário de R$ 52,99 e custo total de R$ 2.119,60 (dois mil, cento e dezenove reais e sessenta centavos).

As geladeiras do Palácio dos Leões e das outras residências oficiais do Governo do Estado também serão abastecidas com quase duas toneladas de coxa e sobrecoxa de frango, galinha de granja e caipira inteira abatida, peito e moela de frango, bisteca bovina, rabada bovina, patinho sem osso, costela de boi, contra-filé, coxão mole e linguiça calabresa.

Tamanha farra gastronômica em tempos de crise generalizada na saúde e grave retração econômica soa como humilhação aos maranhenses, sobretudo aos mais pobres, mergulhados no desespero e na incerteza de não ter o que comer.

Fonte: Blog do Luiz Cardoso

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