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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

"Genialidade é um conceito ridículo", diz professor do MIT


   Inventar algo incrível não tem nada a ver com uma inspiração "celestial" ou um cérebro excepcionalmente poderoso. O processo criativo — mesmo aquele que dá origem a monumentais obras de arte ou descobertas científicas — é acessível a qualquer mortal.

  Essa é a tese do pesquisador britânico Kevin Ashton, professor do MIT (Massachusetts Institute of Technology), em seu novo livro “A história secreta da criatividade” (Editora Sextante, 2016). Para ele, gênios não existem.

  “Todo o conceito de genialidade é ridículo e totalmente sem evidências”, diz o pesquisador em entrevista. “Algumas pessoas são melhores do que outras em algumas atividades, mas isso não as torna diferentes ou especiais, apenas melhores”.

   Ashton começou sua carreira na Procter & Gamble, empresa em que liderou um trabalho pioneiro sobre identificação de produtos por radiofrequência. Também fundou três startups de tecnologia, uma das quais foi vendida menos de um ano após sua criação.



  Ele foi a primeira pessoa a usar o termo IoT (“Internet of Things”, ou “Internet das Coisas”), em 1999, no título de uma apresentação sobre seu projeto de radiofrequência na P&G. A expressão se popularizou e descreve hoje a conexão de objetos do dia a dia, como eletrodomésticos ou carros, à internet.

  Considerado um visionário em sua área, o professor do MIT decidiu se debruçar sobre a história da criatividade para escrever seu novo livro. Da revolução no cultivo da baunilha no século XIX por um escravo de 12 anos à criação da icônica latinha da Coca-Cola, seu estudo disseca os mecanismos da inovação desde registros mais remotos até a atualidade.

  Sua conclusão é categórica: criar não tem nada a ver com genialidade, inspiração ou qualquer outra forma de excepcionalidade. Na verdade, o processo é banal, ainda que o resultado não o seja — e pode ser empreendido por qualquer ser humano.

 “Os criadores passam quase todo o tempo perseverando, apesar da dúvida, do fracasso, do ridículo e da rejeição, até conseguirem algo novo e útil”, escreve ele no livro. “Não existem truques, atalhos ou esquemas para se tornar criativo de uma hora para outra”.

  






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