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sexta-feira, 25 de março de 2016

OAB quer entender veto ao debate sobre gênero

A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Tocantins (OAB-TO), solicitou cópia integral do processo legislativo que resultou na elaboração da Medida Provisória (MP) nº 6, que proíbe a discussão do tema ideologia de gênero nas escolas. Há duas semanas que o debate de gênero nas escolas está movimentando a Câmara Municipal e a Prefeitura de Palmas. Líderes religiosos se uniram para exigir a retirada das discussões sobre gênero do ambiente escolar.
A OAB-TO argumenta que o tema é de grande relevância e as documentações serão analisadas, observando o respeito aos direitos humanos e fundamentais implicados. A Ordem também quer exemplar do material didáticos que seria distribuído na rede pública de ensino em Palmas, conforme indicado pelo Plano Municipal de Educação.
A OAB-TO deu um prazo de cinco dias para o prefeito Carlos Amastha (PSB) e o presidente da Câmara Municipal, Emerson Coimbra (PMDB), enviarem as documentações, o prazo termina no início da próxima semana.
Nova regra
A MP, editada e publicada no último dia 14, veda “a discussão e a utilização de material didático e paradidático sobre a ideologia ou teoria de gênero, inclusive promoção e condutas, permissão de atos e comportamentos que induzam à referida temática, bem como os assuntos ligados à sexualidade e erotização”.
Os mais radicais da ala evangélica queriam que o veto de Amastha, que retirava a vedação da palavra gênero do Plano Municipal de Educação, conforme aprovada na Câmara Municipal, fosse rejeitado. Porém, a bancada governista defendeu que a MP já contemplava a reivindicação de retirar a discussão de gênero das escolas. A MP foi aprovada na última quarta-feira na Câmara Municipal.
Setores também pressionaram pela manutenção do debate de gênero. O Núcleo de Diversidade Sexual da Defensoria Pública do Estado solicitou documentação e cópia do material didático, acompanhado das justificativas, para a edição da MP proíbe o debate.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Tocantins (Sintet) repudiou a MP nº 6, justificando que é necessário garantir o debate sobre igualdade entre gêneros, especialmente pela necessidade de se combater a violência doméstica e familiar.

Fonte: Jornal do Tocantins

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