Um homem,
identificado como Dulcivaldo dos Santos Pinheiro, 32 anos, acusado de ter
estuprado uma mulher, foi vítima de linchamento e espancado até a morte, na
manhã deste domingo (21).
O crime
ocorreu na Travessa 35, quadra 35, no Residencial Nova Terra, em São José de
Ribamar.
Pelas
informações de policiais que foram ao local do crime, o homem era suspeito de
ter estuprado uma mulher no sábado (20). No entanto, não havia provas de que a
vítima tivesse praticado esse suposto estupro, pois a mulher não teria sido
localizada.
Mesmo sem
provas da autoria do crime, moradores do local iniciaram uma perseguição ao
suspeito e o mataram com pauladas, pedradas e tijoladas.
A polícia
vai investigar se Ducivaldo dos Santos Pinheiro, que também era morador do
Residencial Nova Terra, cometeu o crime de estupro.
O corpo será
periciado para comprovar se houve ou não o uso de outros instrumentos, como
arma de fogo e arma branca, para a execução do suposto estuprador.
Opinião
Lamentavelmente,
esse é mais um caso de justiça com as próprias mãos que se registra na região
metropolitana de São Luís. É preciso que as pessoas entendam que esse não é o
caminho. Violência gera mais violência, e quem recorre a esse tipo de
expediente, como se estivesse acima das leis, pode ser condenado à prisão.
Infelizmente, quem faz ‘justiçamento’, guia-se pela máxima de que ‘bandido bom,
é bandido morto’.
Outros dizem
que não adianta a polícia prender, pois, em pouco tempo, envolvidos em crimes
voltam às ruas, pairando no ar uma sensação de impunidade. A alternativa é
partir para a barbárie e adotar a execução sumária como antídoto para a onda de
violência?
Certamente a
polícia vai tentar identificar os autores dessa execução. Os envolvidos podem
ser condenados a cumprir pena de 12 a 30 anos de reclusão, pois se trata de
homicídio qualificado, cometido com emprego de tortura ou outro meio insidioso
ou cruel. (vide art. 121 do Código Penal)
Fonte:
Gilberto Lima
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